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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Crescer na leitura da Biblia



"Mesmo que as serras mudem de lugar,
ou que as montanhas balancem,
meu amor para contigo nunca vai mudar,
minha aliança perfeita nunca há de vacilar
- diz o Senhor, o teu apaixonado"  (Is 54,10).
                                  













CAPÍTULO I

A Bíblia na Realidade de Hoje


" É agora o momento favorável,
é agora o dia da salvação" (2Cor 6,2).


Hoje a Bíblia está nas mãos do povo:
·      caminho de orientação, oração, consolo e força nas mais diversas situações do cotidiano da vida;
·             faz experimentar que "o Senhor está perto de todos os que o invocam, dos que o invocam de coração sincero" (Sl 145,18).

A Bíblia é Palavra:  
·      não para se exibir conhecimentos
·      mas para se ouvir e guardar no coração
·             uma leitura que se faz em atitude de Fé ligada com a Vida

Toda leitura já é uma interpretação:
·      não ato mecânico
·      mas experiência de vida interpretada a partir de situações diferentes: culturas, preocupações, valores, capacidade de compreensão,  gênero (mulher / homem)...
Vivemos num mundo onde:
a) A realidade tem muitos aspectos e é cheia de contrastes:
DE UM LADO:
DE OUTRO LADO:

·      Progresso tecnológico dos avanços modernos

·      Liberdade de pensamento
·      Consciência de Direitos Humanos
·      Consumismo de coisas

·      voluntariado generoso

·      comunicação globalizada e informação

·      ânsia profunda pela paz

·      Multidão marginalizada
·      Poderosos mecanismos de massificação
·      Escandalosas violações dos Direitos Humanos
·      multidão sem acesso ao essencial
·      competição desumana p/ leis do mercado
·      muitos não sabem ler o mundo em que vive
·      acontecimentos trágicos de guerras

Ao mesmo tempo em que a sociedade é regida por valores materialistas, cresce a busca por caminhos de misticismo e práticas religiosas diversificadas; enorme sede do sagrado; fala-se de Deus em todo canto...

A Bíblia neste mundo:
·      um texto de especial valor
·      um texto entre muitos outros



b)  Tudo muda muito rapidamente: aceleração da história
·      Toda informação se desatualiza velozmente
·      Projetos / ideais grandes / compromissos definitivos – como ficam???
·      Juventude: o que esperar do futuro?
·      O que importa é "aqui e agora"
·      Sonhos?  Desilusão...
·      Conhecimentos, afetos, posturas... sem profundidade.

A mudança traz insegurança:
·      Novas gerações: comportamentos / estilos de vida diferentes...
·      Relações familiares...
·      Relações com autoridades tradicionais...

    Mas toda ação provoca uma reação:
Crises - desorientação - busca de segurança: uma das fontes é a fé religiosa. Aí está uma das fortes razões do florescimento das diversas formas do sagrado...


A busca do sagrado e a Bíblia:
·      Pluralismo religioso:  criatura  -  Criador
·      Desafios: - devocionismo / - intimismo / - individualismo
·      múltipla pertença: participação em mais de uma tradição religiosa
·      mosaico religioso: própria crença com elementos de várias fontes
·             trânsito religioso: muda com facilidade de Religião e de Igreja...
·      Despertar: decisão livre  - responsabilidade comunitária.



O prestígio da Bíblia:
·      está nas mãos de representantes de todas as classes
·      usada para os mais diversos objetivos (literatura, arte, política, MCS...)
·      presente nos mais variados lugares (hotéis, repartições públicas...).

Quando tudo muda e perde credibilidade rapidamente, a Bíblia permanece inspirando e difundindo projetos de vida.  É palavra que chama o Projeto de Deus!

O povo tem sido ajudado a ler melhor a Bíblia:
·      Biblistas qualificados: opção preferencial pelo povo simples
·      Chaves de leitura popular  
·      Subsídios bem fundamentados em linguagem compreensível ao povo
·      CNBB: PRNM e SINM
·       Mês da Bíblia e outros Projetos das Instituições Bíblicas  CEBI – CENTRO BÍBLICO VERBO – SAB – CRB - FEBIC ...

Trabalho a ser bem feito, desde a infância

·      com informações atualizadas (e não de forma infantil)...
·      com um processo progressivo...
·      vencendo crises e alargando horizontes...


Em cooperação ecumênica:
A Bíblia como instrumento de diálogo/unidade entre as Igrejas Cristãs: ela é ecumênica de per si.
Boas iniciativas como:
·      Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
·      TEB

Muitas traduções: 
·      do hebraico para o grego (Septuaginta ou Setenta: 250 aC)
·      tradução para o latim (Vulgata: 382 dC)
·      muitas editoras com sua Bíblia
·      Bíblia da CNBB: objetivo celebrativo e catequético.


Novos tempos com novas exigências:
        Necessidade de abordagem:
·      ligada à vida - inteligente – orante - respeitosa - atualizada

CAPÍTULO II

As múltiplas caraterísticas da Bíblia


"O que nós ouvimos, o que aprendemos,
o que nossos pais nos contaram,
não ocultaremos a seus filhos:
mas vamos contar à geração seguinte
as glórias do Senhor, o seu poder
e os prodígios que operou" ( Sl 78, 3-4).

Bíblia e Tradição:
Deus se revela a todos os povos de diversas maneiras.
    Ao povo hebreu:
·      por palavras
·      por gestos ou acontecimentos
·      na pessoa de Jesus Cristo: cume do processo de Revelação
·      Ponto alto da Antiga Aliança: Êxodo
·      ponto alto da Nova Aliança: Jesus Cristo (ação e palavras, morte e ressurreição);  efusão do Espírito Santo.
     A Tradição e a Escritura:
·      unidas e comunicantes,
·      mesma fonte,
·      um só todo e tendem ao mesmo fim (cf. DV 9).


Etapas do processo de formação do texto bíblico:
a)   experiência vivida e compreendida como sinal da presença de Deus;
b)  transmissão oral e celebrativa: novos significados;
c)   registro por escrito;
d)  novos contextos, novas elaborações: releituras;
e)   reconhecimento oficial, canônico (com as diferenças entre as Bíblias judaica,   católica e protestante).

A ordem dos escritos:
·      não é cronológica;
·      busca responder às perguntas nos diversos contextos históricos;
·      por trás das palavras: precisar as relações corretas entre o ser humano   com Deus e com o universo...


A Bíblia e a Ciência:
A busca da verdade remete sempre para alguma coisa que está acima..., para os interrogativos que abrem acesso ao mistério (cf. FR 106).

A Bíblia, seu tempo e sua cultura:
Atenção à situação e teologia de cada época (linha do tempo...): autores diversos, com visões e posturas diferentes:  linguagens humanas para falar do divino...



O modo judaico de comunicar:
Linguagem vigorosa, emocional, usando de recursos, como: contrastes extremos, parábolas, imagens figurativas... O relato de milagres tem a função de evidenciar (sinais) a presença de Deus na história humana. A mensagem (mais do que o fato extraordinário) do milagre tem a função de:

a)   nos questionar e nos motivar a fazer algo em favor da vida;
b)  identificar os sinais da presença de Deus no nosso cotidiano;
c)   desenvolver o nosso espírito crítico diante de propagandas triunfalistas...

Também "os milagres que não acontecem" (ex: o exílio da Babilônia, a morte de Jesus...), são convites a perceber que os caminhos de Deus não são os nossos...

A inspiração divina em linguagem humana:
·      Deus se revela de forma compreensível em cada cultura e segundo a capacidade de cada ser humano (cf. DV 12 e 13).
·      A compreensão cresce através da contemplação e do estudo (DV 8).
·      - A mesa da Palavra (Sagrada Escritura) é equiparada à mesa da Eucaristia (o Corpo do Senhor) (DV 21).
·      O Magistério não está acima, mas a serviço da Palavra de Deus (DV (10).
·      O acesso à Sagrada Escritura deve ser amplamente aberto a todos (DV 22).
·      Todas as pessoas que exercem o Ministério da Palavra: para não serem vãs  pregadoras devem ler assiduamente a Palavra e escutá-la interiormente (DV 25).
·      As alegrias e esperanças, tristezas e angústias do povo... devem ser também dos discípulos de Cristo (GS 1).



CAPÍTULO III

A Bíblia fala de muitos modos


"Muitas vezes e de muitos modos,
Deus falou outrora aos nossos pais, pelos profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
falou-nos por meio do Filho,
a quem constituiu herdeiro de todas as coisas
e pelo qual também criou o universo" (Hb 1,1-2)..

A respeito dos modos de ensinar na Bíblia:
a)   A Bíblia nos revela Deus/Jesus Cristo com diferentes visões (teologias/cristologias) e nos revela o ser humano com realismo.
        Mesmo as coisas que nos chocam são um convite à contemplação e uma provocação ao compromisso de tornar este mundo melhor...
a)   A Bíblia ensina de dois modos:
·      pelo que ela diz;
·      pelo como ela diz: não há campo na  vida humana que não interesse a Deus...

Algumas atitudes a serem cultivadas:
·      Jesus é a melhor imagem do Pai (olhar o conjunto de sua vida e o significado de sua missão);
·      não tomar texto isolado como expressão do conjunto da Bíblia;
·      desconfiar de nosso modo de conceber Deus...

Os gêneros literários:
 históricos, proféticos, poéticos e outros - revelam o que Deus quer transmitir nas diversas circunstâncias históricas (cf. DV 12). O estilo poético e a linguagem apocalíptica são formas peculiares de expressar verdades que ultrapassam a linguagem objetiva...

CAPÍTULO IV
Para um livro tão variado, muitas abordagens


"Mostra-me, Senhor, os teus caminhos,
ensina-me as tuas veredas"  (Sl 25,4).

Cada texto tem a ver com seu contexto:
situação do povo, ponto de vista de quem escreve, os interesses em jogo... Para isso, temos a ajuda da História, Arquiologia, Geografia, Sociologia, Antropologia, Psicologia...

Os textos passam por modificações reveladoras
(releituras) no processo histórico até sua redação final...

Leitura a partir dos pobres:
métodos que partem de situações específicas da vida, com profunda sensibilidade aos problemas humanos de hoje...

A presença e as ausências da mulher na Bíblia.
Para superar uma visão machista, duas formas básicas:
a)   desvelar a presença da mulher na Bíblia, onde ela é lembrada e onde é silenciada e por quais motivos?
b)  A partir do texto, refletir sobre a situação da mulher hoje, para assumir o compromisso de nos educar para relações de gênero diferentes, construindo o ideal de parceria igualitária ( cf. Gn 1,27; Gl 3,28).
O ponto de vista determina a leitura.
As diferentes abordagens se complementam e deixam o caminho aberto para as inspirações sempre novas e surpreendentes que o texto bíblico nos oferece...

Leitura inculturada
(passar a mensagem com os recursos e o jeito da cultura dos destinatários) de um texto enculturado (A Bíblia foi escrita dentro de uma cultura específica: a judaica).

O processo de inculturação têm duas faces:
·      entender a cultura de origem e o cerne da mensagem da Bíblia;
·      identificar o que seria equivalente em nossa cultura, fiéis ao espírito (e não à letra) da mensagem bíblica...

A fé não despreza a razão

Conferir os documentos:
·      Carta Apostólica de João Paulo II: Fides et Ratio
·      Dei Verbum (Vaticano II)
·      A Interpretação da Bíblia na Igreja (Pontifícia Com. Bíblica)
·      O povo judeu e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia Cristã (idem).






CAPÍTULO V
Algumas orientações básicas para a leitura

"Ensina-me o bom senso e a sabedoria
pois tenho confiança nos teus mandamentos" (Sl 119,66).

Amor à Bíblia, lida junto com a vida:
·      amar e ler assiduamente a Bíblia (ela é nossa primeira mestra): não se trata de saber coisas e sim ter intimidade com o texto
·      ler a Bíblia junto com a vida: mútua iluminação e interpelação
·      abertura ao que diz o Espírito Santo: estudo orante, sem idéias preconcebidas e sem estereótipos...

Métodos complementares entre si:
Todo método tem limites. As diversas abordagens
·      permitem uma visão mais ampla
·      podem servir às múltiplas necessidades da vida
·      devem ser fiéis ao texto

Ler a Bíblia com a Igreja, sendo comunidade:
·      o texto sagrado tem origem comunitária
·      sua função é alicerçar e vivificar a comunidade dos que crêem
·      fortalece o espírito de comunhão: unidade na diversidade
·      fundamental importância: dimensão litúrgica da Palavra
·      proclamar a Palavra com clareza e reverência
·      uma leitura que nos transforma pessoal e comunitariamente: trata-se de "um problema vital"...


Características da leitura fundamentalista
(segundo o doc. "A Interpretação da Bíblica na Igreja" p. 82-86):
·      não leva em consideração o caráter histórico e as limitações dos autores humanos do texto;
·      insistência indevida na inerrância dos textos bíblicos;
·      interpretar como histórico o que, de fato, não tinha intenção de ser;
·      desconsideração do sentido simbólico ou figurativo;
·      estreiteza de visão;
·      cosmologia ultrapassada;
·      textos usados para alimentar preconceitos;
·      desconsideração do desenvolvimento da tradição...

No estudo da Bíblia:
·      levar em consideração o estágio dos destinatários;
·      atitudes respeitosas com relação à visão de cada pessoa;
·      avanços progressivos  numa atitude de mútua aprendizagem.









CAPÍTULO VI
A Bíblia no ecumenismo e no diálogo religioso

"Deus não faz discriminação de pessoas.
Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça,
qualquer que seja a nação a que pertença" (At 10,34-35).


Trabalhando juntos:
·      o primeiro apelo vem da vida: há um mundo a transformar;
·      católicos, protestantes e ortodoxos: o amor à Bíblia nos une e nos dá possibilidade de orarmos a uma só voz;
·      diversos espaços comuns: hospitais, escolas, asilos, datas cívicas, funerais, locais de trabalho...

Superar o confronto e aprender o diálogo:
·      interpretações divergentes podem ser tratadas num clima sereno de troca de informações sobre a tradição de cada Igreja;
·      a catequese (também nas homilias, palestras, nos movimentos e grupos de oração) deve explicar, com clareza, em que somos diferentes, sem desenvolver uma atitude de combate, estimulando a compreensão e a mútua estima;
·      a atitude ecumênica possibilita a procura em comum do caminho para a plena unidade na verdade total (CT 32).




Diálogo e caminho para a unidade sem perder a diversidade:
·      o diálogo exige identidade;
·      identidade não é escudo impermeável, mas conjunto dinâmico onde a partilha mútua enriquece a todos;
·      católicos e protestantes hoje reconhecem convergências e acentuações diferentes na assimilação de mensagens bíblicas (cf. acordos e declarações conjuntas, como a "Declaração Conjunta Católico-Luterana sobre a Justificação pela Fé" de 31/10/99)...
·      Org. ecumênicas: CONIC, CESE, Koinonia, CEBI, CESEP...

Escritos sagrados e intimidade com Deus em outras religiões:
·      viver o mandamento do amor mútuo;
·      respeito e veneração pelos livros sagrados e tradições orais dos outros povos e religiões: a mensagem do Criador é inesgotável;
·      a própria Bíblia se serve de elementos de tradições estrangeiras: babilônicas, persas, gregas...

Um cuidado muito especial: a abordagem do judaísmo:
·      o judaísmo é o berço de nossa fé;
·      suas Escrituras Sagradas, tornaram-se nossa Bíblia;
·      Jesus, um judeu praticante que valorizava essa fé;
·      A missão de Jesus se abriu a todos os povos...





As polêmicas de Jesus com grupos judeus:
a)   entrar em choque com alguns não é ir contra a um povo todo;
b)  censurar a hipocrisia no modo de interpretar certas leis não é desprezar toda a Lei;
c)   pelo fato de Jesus viver no meio dos judeus, é lógico que seus inimigos e amigos fossem judeus;
d)  o judaísmo possui correntes variadas de pensamento: Jesus se opunha a algumas delas...

Construindo uma abordagem positiva do judaísmo:
·      Antigo Testamento e Novo Testamento: ambos são alimento para a fé e pedagogia de Deus; para superar a idéia de tempo "ultrapassado" é melhor usar as formas: Primeiro Testamento ou Primeira Aliança e Segundo Testamento ou Segunda Aliança;
·      Deus de Jesus é o mesmo que se revelou na Primeira Aliança através dos nossos pais e mães na fé, profetas, sábios, rabinos...;
·      muitas polêmicas atribuídas ao tempo de Jesus são reflexo da situação das comunidades cristãs;
·      usar linguagem positiva com relação aos judeus;
·      o livro foi escrito para que cada um de nós revise suas atitudes...

Potencial da Bíblia e da identidade católica no diálogo inter religioso:

·      Judaísmo, Cristianismo e Islamismo: religiões abraâmicas, com tradição inicial comum;
·      a identidade cristã deve ser cultivada com abertura ao reconhecimento de outras experiências de Deus;
·        o ecumenismo e o diálogo inter-religiosos fazem parte de nossa identidade: somos ecumênicos e promotores do diálogo inter religioso não apesar de sermos católicos, mas porque o somos...
·      construir um mundo melhor junto com todas as pessoas de boa vontade: a Bíblia é instrumento de qualidade na educação para a paz...

CAPÍTULO VII
Indicações práticas para a animação bíblica na vida da Igreja

"Sede praticantes da Palavra
e não meros ouvintes"(Tg 1,22).

A Bíblia deve permear as ações pastorais no seu todo, mas ainda assim precisa de um trabalho específico.

Dois blocos de indicações:
·      política de animação bíblica
·      atividades

Política geral de animação bíblica: é a linha de ação guiada por princípios explícitos (comum a todos os níveis:  nacional, regional, diocesano, paroquial e comunitário):
·      conhecer e articular as forças já existentes;
·      divulgar e organizar material para estudo sistemático;
·      investir na formação bíblica dos cristãos leigos;
·      investir na atualização do clero;
·      dialogar com os movimentos;
·      ter equipes dedicadas à animação bíblica nos regionais, dioceses e paróquias;
·      estimular nas editoras o uso de critérios atualizados para publicação de material bíblico;
·      difundir e valorizar a prática da leitura orante da Bíblia (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação);
·      valorizar a tradição da Liturgia das Horas;
·      formar lideranças, animadores, formadores;
·      incentivar círculos bíblicos e/ou grupos de reflexão;
·      cuidar da composição de cantos; 
·      vivenciar uma eclesiologia de comunhão e participação...

Atividades e atitudes que envolvem a educação para a leitura bíblica:
·      docilidade ao Espírito, unindo leitura e oração, fé e vida;
·      sintonia com a Igreja;
·      preparação cuidadosa das homilias;
·      valorização do texto bíblico na liturgia (leituras do Lecionário);
·      divulgação de esquema básico de história bíblica (linha do tempo);
·      respeito à condição sagrada do texto: reverência;
·      parceria com as Igrejas cristãs para o estudo ecumênico da Bíblia;
·      respeitar a situação dos destinatários: caminhada processual;
·      criação, na paróquia, de uma biblioteca popular;
·      revisão dos textos de catequese;
·      valor da Bíblia por si mesma e não como mero instrumental para...;
·      percepção de cada texto dentro do conjunto da mensagem;
·      valorização da Bíblia como fonte fundamental da evangelização;
·      mais leitura da própria Bíblia do que leitura sobre a Bíblia...



A leitura bíblica deve nos tornar pessoas mais humanas, mais fraternas, mais capazes de construir um mundo melhor...
Já está provado que comunidades fortes e dinâmicas são as que investem no conhecimento e na intimidade com a Bíblia...
Confiamos na Palavra como força poderosa para transformar vidas, animar esperanças, alimentar a fé e como caminho de realização do Plano de Deus:





"Como a chuva e a neve que caem do céu e para lá não voltam
sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar,
a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come,
assim também acontece com a minha palavra:
Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado,
Sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão" 
(Is 55,10-11).

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